domingo, 22 de dezembro de 2013

O verdadeiro sentido do Natal

Trata-se de um encontro da glória invisível de Deus com a nossa existência humana
Por Vicente  Amaral, colaborador
O Natal é, indubitavelmente, a data mais festejada mundialmente. Nem mesmo o ateu consegue se abster dos festejos natalinos, uma vez que este, ainda que indiretamente, sempre participa das festividades. Mas será que nós, cristãos, conseguimos compreender a verdadeira essência do Natal? Nossos pensamentos são povoados pela imagem da estrebaria e da criança na manjedoura. Apenas fragmentos. O Natal vai além: é a primeira ligação entre Terra e Céu. Trata-se de um encontro da glória invisível de Deus com a nossa existência humana.

O eterno e poderoso Deus, algo que não pode ser compreendido pela lógica; um poder que não pode ser expresso em palavras e que enviou seu filho, Jesus, para conviver conosco. Certamente Deus, se assim desejasse, poderia ter agido de outra maneira: atribuído uma aparência sobre-humana a Seu Filho. Mas, se assim fosse, Jesus seria visto como alguém distante de nós.

Então, segundo o desejo do Pai, Jesus recebeu a forma humana, nascendo no seio de uma humilde família nazarena. Tendo por berço uma estrebaria; e, como marca de seus primeiros dias de vida, a singeleza e a simplicidade. Além disso, a insegurança, a inquietação e a fuga também caracterizaram esse período. Ou seja, com Ele aconteceu exatamente o que ocorre com milhares de brasileiros que, apesar de viverem na insegurança e na mais extrema pobreza, possuem a riqueza da fé e contam apenas com a proteção divina.

Em suma, Cristo, a partir de sua natureza humana, veio ao mundo nos ensinar a amar a Deus e ao próximo: essa é a máxima do Natal. Assim, esta data simboliza o esplendor da glória de Deus, que paira sobre todos estes acontecimentos. Pois embora Jesus tivesse assumido a forma humana, sua verdadeira glória não permaneceu oculta. Portanto, o Natal é o verdadeiro encontro com Cristo Jesus, que renasce ou deveria sempre renascer nos corações das pessoas.

Mas, infelizmente, o sentido do Natal tem sido confundido com o consumismo exacerbado. E a grande estrela parece ser o Papai Noel, enquanto o verdadeiro aniversariante fica esquecido. Ademais, brilhos e luzes coloridas podem ser agradáveis e muito bonitos, mas eles, por si só, são incapazes de fazerem o Natal: o verdadeiro espírito natalino é o renascimento de Jesus em nós. Uma vez que é o encontro com o Mestre que abrirá nossos ouvidos e direcionará nossas vidas rumo ao Pai Celestial. Um feliz e abençoado Natal a todos os leitores deste jornal.
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